A culpa é dos filhos ou dos pais?

Quem é culpado? Os filhos? Ou os pais?

Como se fosse uma introdução.

Neste artigo pretendo dar o meu parecer em relação ao relacionamento pai/mãe e filho(a). Falar “superficialmente” das causas da discrepância entre a expectativa dos pais e a realidade no que tange ao comportamento dos filhos e no fim dar uma sugestão quanto à como solucionar este problema.
Começando…
Uma questão que tem sido um dos maiores dilemas na juventude é a identidade, advindo dela várias questões. Será que sou bom pelo que os outros acham de mim? Ou simplesmente pelo que  faço? Será que se eu fizer algo de bom será nulo só porque ninguém sabe? Enfim, tudo acaba sendo como um carrossel levando-nos sempre para o princípio, pois nunca se encontram as respostas, simplesmente mais questões.
A vida não é assim denominada pela aparência, o mesmo se dá quando se trata de felicidade. O que nos faz feliz, normalmente, não são sempre os grandes gestos, os pequenos também são capazes de fazer grande diferença, levantando assim a questão, “O que é um grande gesto?” Digo já de antemão que não se distingue os grandes gestos dos pequenos pela acção em si, distingue-se pelo resultado, não se distingue um grande gesto do pequeno pela acção, distingue-se pela reacção. Avalia-se a gravidade de um ciclone pelos danos que causa.
Agora, migrando para a verdadeira essência do assunto, falo da adolescência, que tem sido o tema de vários debates na actualidade, donde nós podemos ouvir que ela é “a fase das experimentações”, a fase em que o individuo quer experimentar tudo, consequentemente a fase mais agitada da vida do mesmo. Agora quero que você pense comigo, será que estudos feitos há anos, tendo-se recorrido á outras pessoas para se saber acerca do adolescente podem definir taxativamente o adolescente actual? Claro que não. O que realmente interessa não é que você saiba tudo acerca de todos, o essencial da vida é que você conheça a si próprio. É daí que partimos.
Vou começar por um ponto muito importante na busca de quem nós somos, a auto-estima. Muitas vezes confundida com a arrogância, egoísmo e egocentrismo, a auto-estima é basicamente colocar-se em primeiro lugar sem se esquecer que você não é o único e que é sempre importante respeitar o próximo, valorizar as suas ideias e saber partilhar pois o egoísmo dá cabo de qualquer qualidade, tornando-a turva, e consequentemente deixa de ser uma qualidade. A auto-estima engloba muitas mais coisas do que costumamos pensar, auto-estima tem também a ver com consciência limpa, bons modos, humildade, o espírito de solidariedade, empatia e a sede de aprender, sempre.
Colocar-se no lugar da outra pessoa (empatia) é algo que é na prática impossível, o possível é ter uma mente suficientemente aberta para poder compreender o que o outro possa estar a sentir e/ou a pensar, por isso deixe de pensar ou dizer que é possível estar na pele da outra pessoa, pois se houvesse alguma forma de isso acontecer, nem assim você poderia sentir totalmente o que a outra pessoa sente. Somos todos diferentes e uma das coisas que dá sentido a vida é saber compreender, respeitar e conviver com estas diferenças, isto é, saber viver em sociedade, e para o adolescente estes princípios são essenciais e indispensáveis para que com sucesso possa ultrapassar esta fase.
Nós, como adolescentes, devemos sempre ter em mente que a ideia não é seguir um padrão pré-definido, mas sim sermos nós próprios antes de mais nada. Prova disso é que não somos todos iguais, contudo possuímos características em comum, é o corpo humano, cada parte tem sua função específica e cada uma merece tanto respeito quanto as restantes. Elas não são iguais, nem mesmo as mãos que têm várias características em comum uma com a outra continuam sendo diferentes, portanto pare de pensar que ser melhor é parecer-se com alguém que seja bom, seja bom a tua maneira.
Um pensamento que gosto muito de passar para os meus próximos é que “O limite é como o horizonte, quanto mais alto fores, mais longe será o teu horizonte”, sendo assim, quanto mais ampla for a tua mente mais longe estarão as tuas limitações”.
O que costumamos ouvir é que ser adulto não é nada fácil, pois eles têm que pensar em várias coisas ao mesmo tempo, esquecendo-se que nós também temos o nosso peso nas costas, a partir do momento em que somos obrigados a seguir, continuar ou concretizar os sonhos dos nossos pais. Pense só na responsabilidade, ter que viver a sua própria vida e a dos seus pais em simultâneo, para mim não há maior pressão que esta. Quando falo de viver a vida dos pais, refiro-me a um fenómeno bem comum, de os pais treinarem os filhos para que possam ser aquilo que os pais são ou que sejam os filhos a concretizar os sonhos que os pais não foram capazes de alcançar.
Embora haja essa problemática, existe ainda uma situação não tão rara que é a de os filhos se identificarem com os ideais dos pais, aí é onde as coisas funcionam devidamente, pois o filho não sofre quase que nenhuma pressão por parte dos pais. Talvez dizer devidamente não seja a palavra mais correcta, pois devemos levar sempre em conta que definir objectivos é apenas uma etapa e não é ela que garante o sucesso. Não é só a boa definição de objectivos que determina o sucesso.
Auto-conhecimento
Uns dos maiores problemas em relação à problemática que tem a ver com a questão do ser humano, no que diz respeito à sua parte psicológica é que não existem fórmulas. Não existem teoremas exactos que expliquem o comportamento humano na sua totalidade e para todos os casos, os seus sentimentos, as suas sensações, os seus processos mentais no geral. Sendo assim, falar do auto-conhecimento é falar de um termo que aceita diversas interpretações, isto é, é um termo subjectivo, isto porque ele varia de acordo com quem o define.
Auto-conhecimento na adolescência, conhecer a si próprio, conhecer as suas forças, fraquezas e capacidades parece ser algo tão simples como saber o seu próprio nome, quantos quilogramas pode levantar com as mãos ou saber enumerar as suas qualidades mas não é. Senão este tema não seria assim tão abordado. Saber quem nós somos, vai além disso, pois requer, primeiro que haja uma certa maturidade para não nos confundirmos em situações em que devemos saber separar carácter de comportamento, ser bom e ser simpático e outras situações.
 Devemos saber que o que nós somos é algo que de nenhuma forma muda, o que muda é a forma de nos comportarmos, a nossa forma de agir, a nossa forma de nos apresentarmos, mas nunca a nossa essência. Falar de mudança num ser humano é como falar da poda de uma árvore, podam-se os ramos, alinham-se as folhas, mas a árvore continua sendo a mesma, é assim como nós somos.
Existem algumas coisas que devemos evitar quando estamos no processo do auto-conhecimento como por exemplo, levar os elogios à letra, o egoísmo e a ingenuidade.
Levar os elogios à letra
O elogio é algo que foi feito para ser bonito, agradável de se ouvir, enfim, algo que é mesmo para agradar. Por isso, se os levarmos à letra corremos o risco de nos perdermos pensando que tudo que ouvimos é mesmo resultado do que estamos a fazer. Os elogios que recebemos, na maioria das vezes são fruto de boa educação. Se nos acomodarmos, acabamos por deixar de nos esforçar e consequentemente perdemos até as nossas qualidades mais notáveis. Devemos sempre nos preparar antes de qualquer que seja a actividade a exercer, isso nos permitirá ter um bom desempenho e a partir daí, com ou sem elogios teremos a certeza de que fizemos o que deveria ser feito e da maneira como deveria ser.
Egoísmo
O egoísmo, ingenuamente confundido com auto-estima ou amor-próprio, dá-se a partir do momento em que começamos a nos esquecer dos outros e pensamos simplesmente no nosso bem, e pode chegar a agravar-se, quando começamos a usar as pessoas para alcançar os nossos objectivos, sem nos importarmos com os seus sentimentos ou vontades.
O egoísmo é o que eu chamo deauto-trófico, que é o nome dado aos seres vivos com a capacidade de criar o seu próprio alimento porque quando nós somos egoístas somos obrigados a continuar a ser assim porque é difícil voltar atrás depois que perdemos os nossos amigos e ninguém está por perto, mesmo que tenhamos vontade de mudar, é desse jeito que o egoísmo auto-alimenta-se.
Ingenuidade
Pessoalmente, considero este obstáculo como um dos mais complicados, pois uma das características de gente ingénua é de cada dia aparecer com uma nova concepção acerca dos mesmos assuntos. Gente ingénua sempre pensa que os outros é que têm razão e sempre confia no que os outros pensam invés de acreditar naquilo que vê, triste. Quando somos ingénuos não procuramos confirmar as informações que nos dão, aceitamos tudo que nos dizem ser certo, resumindo, somos uns bebés grandes.
 O que nós devemos sempre lembrar é que somos seres sociais e que estamos diariamente sofrendo certas alterações, quer ao nível físico quer ao nível psicológico. Sendo assim devemo-nos lembrar de que, ser nós mesmos não significa ser sempre o mesmo, pois se assim fosse ficaríamos parados no tempo, e isso não edifica ninguém.
Diariamente nós ouvimos conselhos de todo tipo de pessoas, familiares dos diferentes graus, principalmente dos pais, recebemos também conselhos dos nossos amigos, colegas, enfim sempre aparece alguém com algum conselho para nos dar, e a questão é, será que devemos ouvir e/ou aceitar todos ou devemos ignorar? E se formos a valorizar só alguns, quais seriam?
Uma questão muito simples de responder, primeiro devemos lembrar do que vimos anteriormente, ser você mesmo, isto é, o certo seria ouvir todos os conselhos e não despreza-los pelas pessoas que os nos estão a dar. Mas daí vem o segundo ponto, depois de ouvir cada conselho o que devemos fazer não é necessariamente seguir ou descartar de imediato. O ser humano é um ser com capacidade de pensar, avaliar e mensurar as coisas, com isto eu quero dizer que primeiro devemos ver se o conselho se adequa a nossa realidade. Um exemplo de conselhos que não vão de acordo com a nossa realidade é tentar seguir o conselho de seguir um curso superior que nada tem a ver contigo, só porque um colega que tem inclinação para ele, disse que era perfeito.
Muitos problemas advêm da ingenuidade, contudo as vezes temos a vantagem de no fundo sabermos que somos ingénuos e daí temos a chance de recorrer à pessoas em quem confiamos para que nos ajudem a tomar certas decisões.
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Falar do ser humano e das fases do seu desenvolvimento é um caso bem complicado, ainda que seja para falar de apenas uma delas. A adolescência é um termo utilizado pelo menos na actualidade, para justificar muita estupidez, veja bem, de tantos problemas que existem na sociedade, o que é que os mais velhos dizem? “Jovens de agora…”, mas isso não faz tanto sentido porque quem deveria dar um bom exemplo são eles, mas muito pelo contrário, eles passam mais a vida a medir forças com os jovens. Eles passam a vida a reclamar que os jovens bebem bastante mas quem atende nos bares, quem está ao lado dos mesmos nos balcões, em discotecas e festas nocturnas? São os mais velhos, e ainda ficam à espera que a realidade mude. 
A realidade em que vivemos nunca irá ficar melhor se a nossa atitude não melhorar antes disso, precisamos perceber que o que acontece no mundo não é resultado de alguma coisa já prevista, ninguém nasce predestinado para nada, sendo assim se as coisas são como são a culpa não é dos jovens ou adolescentes, a culpa é da sociedade no geral.

Porque é que os jovens não obedecem aos pais nos dias de hoje?

Primeiro podemos fazer uma comparação entre o adolescente de há algumas décadas e os de hoje em dia, e não é preciso voltar tanto no tempo para notar que houve mudanças indiscutivelmente drásticas no estilo de vida
Primeiro vejamos as brincadeiras de infância, veja, agora estamos nos princípios do século XXI mas só voltando para as últimas décadas do século XX para perceber que alguma coisa mudou, e muito. Por exemplo, antigamente, falo de por volta da década oitenta para não ter que voltar tanto no tempo. As raparigas praticavam jogos como vestir bonecas que elas mesmas fabricavam com abjectos domésticos, brincavam de maquia-las, divertiam-se na rua, e tinham a mãe como a melhor amiga, aquela a quem podiam contar tudo o que lhes acontecia. Os rapazes jogavam mais futebol, tinham uma vida activa, não sedentária, levantavam papagaios costumavam estar mais em contacto com a natureza. Hoje em dia as coisas mudaram bastante, depois do surgimento e propagação da internet e redes sociais as coisas deixaram de ser como antes, as raparigas já não têm os mesmos hábitos, o que não seria mau se as mudanças fossem para o melhor, mas não são, e os rapazes tornaram-se menos activos fisicamente, e como uma das consequências, aumentou o número de crianças obesas no mundo.
Esta foi uma apresentação não profunda de como as coisas vêm mudando ao longo do tempo, e note que aqui os adolescentes aparecem como os descritos mas não como os culpados ou responsáveis pelo que vem acontecendo. São diversos os factores que contribuem para estas mudanças negativas, no entanto o factor que realmente me importa abordar é o papel dos pais nestas mudanças.
Antes costumavam ser apenas os homens que trabalhavam na família, os pais neste caso. Mas com o andar dos tempos e com a constante insistência pela emancipação da mulher o cenário acabou por mudar e hoje em dia temos muitas famílias em que os pais e as mães trabalham e muita das vezes ficam quase todo o dia fora de casa. Este é um dos factores responsáveis por essas mudanças negativas porque não é que os pais não queiram dar um bom exemplo mas isso torna-se quase que impossível, eles quando passam todo o dia fora de casa e as crianças passam o dia com pessoas que estão apenas com elas a procura do seu sustento (babysiters). Normalmente esses pais tentam dar quase tudo o que os seus filhos pedem para tentar compensar o fato de não serem presentes e isso apenas torna as crianças mimadas e só passam a querer que os pais dêrem desviado, honestamente, acredito que a maioria deles tenha feito o que estava ao seu alcance. Pois, os filhos ouvem conselhos de todo o mundo, mas conselhos não bastam, é necessário estar perto, dar atenção, carinho e um bom exemplo pois eles precisam não só ouvir os conselhos, eles precisam ter uma ilustração daquilo que são ditos. Porem, eles acabam não encontrando esta ilustração nos pais e sim em alguns amigos ou conhecidos e até nas redes sociais, e infelizmente muita das vezes encontram em pessoas que não se importam com o bem deles.
Nenhum ser humano nunca estará pronto o suficiente para viver sem a ajuda de ninguém, mas a necessidade maior quando este humano ainda é novo e tem muito que aprender ou está no momento de transição de uma fase para outra. É duro quando a gente comete algum erro e todo mundo vem para cima de nós querendo nos criticar, isso causa um conjunto de sentimentos, todos eles negativos (raiva, complexo de inferioridade e revolta), e é a partir destas situações que muitos jovens “mudam” porque sentem que já que todas as pessoas estão contra si, melhor seguir fazendo a sua vida sem se importar mais com o que é correcto ou não, pois não importa o que faça, acaba sempre por ser criticado. Acabam se envolvendo com muitas práticas e hábitos ou comportamentos prejudiciais à eles.
Hoje em dia é bem comum ouvir pais reclamando dos seus filhos e vice-versa. Digo hoje porque é o que vivencio, talvez isto venha há mais tempo. Quando paro e penso há muitos males que vêm para o bem e vice-versa. Pretendo agora falar dos bens que trazem consigo coisas negativas.

Agravantes desta discrepância entre o “antigo adolescente” e o “novo”

Muitos factores poderiam, na minha opinião, ser arrolados, porém, prefiro debruçar-me apenas em torno dos mais comuns, a internet e televisão (I) e a emancipação da mulher(II).
(I)
A internet  veio revolucionar a forma como nos comunicamos, após a invenção da rádio, o fax e o telemóvel, a internet veio a reunir e dinamizar o uso de todos estes meios de comunicação, e a televisão é também dos meios de comunicação mais venerados, pela sua característica de apresentar informação audiovisual. Mas o que têm a ver a internet e a televisão com o comportamento dos jovens? Responder à esta questão não será dos meus maiores desafios, a internet veio a permitir que sem sair de casa as pessoas sejam capazes de “estar” em outros lugares, ver, ouvir e “assimilar”, hábitos e costumes de outras culturas, este é que é o meu ponto. Hoje em dia já não há mais essa coisa de idade certa para começar a ter acesso ao telemóvel, já é possível ver até bebés brincando com smartphones, tablets, o que à primeira vista não parece mau. A questão é que com a distância e ou ausência dos pais as crianças acabam tendo a internet e a televisão como uma as maiores fontes de conhecimento.
O que mais me incomoda é que nos dias de hoje, na televisão, até em horários nobres, e até em alguns programas ditos infantis podemos presenciar certas cenas com conteúdo adulto, seja ele pornográfico e até de divulgação de bebidas alcoólicas e drogas. Consequentemente, sendo isso que as crianças assistem diariamente, acabam por aderir àqueles comportamentos. Adquirem características culturais e comportamentais que se opõem aos princípios desejados pelos pais e pela sociedade em geral, envolvendo-se em drogas, vestindo-se de formas que ofendem os nossos princípios culturais, variações drásticas no vocabulário, comportamentos marginais (por vezes), entre outros.
(I)
A emancipação da mulher é um grande avanço social que a cada dia que passa vemos dar mais um passo adiante, de tudo de bom que traz alguém já pensou no que de mal trouxe? Perdoem a redundância neste ponto. Quanto aos bens que vem para mal e vice-versa, este é um assunto abordado por Nicolau Maquiavel em sua obra O Príncipe, e também por Richard Pharson em sua obraManagement of the absurd.Vejamos, quando as mulheres ficavam nassuas casas, cuidando da casa e dos seus filhos[1], claro que havia filhos que tomavam rumos diferentes dos desejados. No entanto, os filhos estavam mais propensos à aderir aos hábitos da mãe em relação a hoje em dia, que a mãe assim como o pai têm emprego e, enquanto alguns filhos ficam cuidando uns aos outros em casa temos aqueles que ficam com suas babás. Pensem nisto, quando um filho passa todo o dia com a ama, quem dá banho é ela, quem dá de comer, quem cuida, quem coloca para dormir, quem dá carinho, (…) a quem a criança passará a ver como mãe? De quem são os hábitos que a criança está mais propensa a herdar? Deixo estas indagações ao encargo de suas competências como leitor. Mas claro que os pais não conseguem ver isso, pois, seja pelo fato de eu estar equivocado ou pelo fato de eu estar certo e os filhos verem os pais como os chefes da casa não exatamente por todo aquele afecto que se espera de pai para filho, mas sim porque os filhos acabam por reconhecer a soberania dos mesmos.
Note-se que quanto mais tempo os pais passarem fora, mais sentido farão os parágrafos acima.
O que pretendo neste artigo não é que ao lê-lo as pessoas simplesmente mudem, pretendo a consciencialização dos pais e filhos sobre os efeitos negativos dos avanços sociais ditos “positivos” pelos quais lutamos. A adolescência é ultimamente vista como uma doença da juventude e não uma fase do crescimento, falamos dos adolescentes como pessoas com necessidades especiais, tentamos simplesmente descreve-los e não orienta-los, por isso eles acabam jogando sozinhos na sua própria equipa, tomando os rumos que acham melhor. Isto só acontece porque os que deviam orientar, passam a maioria do tempo criticando os passos mal dados e não mostram como faze-lo correctamente.
Antes da minha sugestão, a resposta ao título deste artigo é que ninguém é culpado, nem os filhos nem os pais. Portanto, o que sugiro é que no escasso tempo que alguns pais conseguem com os filhos, tentem ser mais amigos, sem complexos e sem limitações, que conversem sem deixar muito exposta a diferença entre pai/mãe e filho(a) reduzindo a possibilidade de intimidação. E a vantagem é que os pais também já foram jovens um dia, ninguém melhor do que eles para orientar os filhos. Sugiro também que procurem eliminar os tabus, que falem dos assuntos jovens sem aquelas regras que se bem me lembro que caracteriza a nossa cultura, a proibição e marginalização das conversas sobre assuntos que mais necessitam de conversa (saúde sexual, puberdade, adolescência, entre outros), tratar dos assuntos mantendo sempre os limites e a decência, pois só se os filhos se sentirem à vontade e não se sentirem julgados poderão se abrir. Então só assim os pais poderão guia-los com mais facilidade e eficácia.
E-mail: densidade007@gmail.com





[1] Sob o meu ponto de vista, este fenómeno não é de todo desvantajoso, a questão é que, eu não acho que continuaria sendo algo de errado se a mulher estivesse nestas condições consensualmente, no entanto, a minha opinião carece de algum exemplo que a possa tornar mais credível. Por isso não seja nada além de uma opinião vil. 

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